Os diretores da Câmara de Dirigentes Lojistas-CDL e representantes de outras entidades da sociedade civil se reuniram com o prefeito de Iguatu, Ednaldo Lavor. A reunião aconteceu na sala da presidência da entidade lojista.
Estavam presentes, o prefeito de Iguatu, Ednaldo Lavor, que se fez acompanhar dos secretários, Antônio Filho, (Trânsito e Segurança), Cida Albuquerque (Ciência e Tecnologia), Rubenildo Cadeira, (Cidadania e Relações Institucionais) Henrique Costa (Sec. Adjunto de Desenvolvimento Econômico) Jhonny Cézar, articulador regional do Sebrae, Gilvânio Oliveira, presidente da ACIAGI-Associação Comercial Industrial e Agrícola, presidente Sindilojas, Carlos Tadeu Rodrigues, Tales Teixeira de Mendonça, presidente do Rotary Club, dentre outros convidados.
O presidente Dedé Duqueza disse ao novo gestor que entidade estará sempre de portas abertas considerando que o varejo é a principal mola-mestre da economia, nos segmentos de comércio e serviços, e será muito importante debater os temas que interessam à população, principalmente ao público consumidor, e as entidades e instituições, no âmbito da gestão municipal e do varejo. O presidente facultou a palavra para que os diretores, empresários, lojistas e representantes das entidades pudessem se manifestar.
Carlos Tadeu Rodrigues, presidente do Sindilojas enfatizou sobre um projeto em andamento desenvolvido pela Fecomércio, voltado para Iguatu, que traça um diagnóstico dos potenciais econômicos e deficiências do município. Segundo ele será entregue uma cópia às entidades e também à gestão.
Distrito Industrial
Valmir Alves de Oliveira, empresário do ramo gráfico defendeu a implantação concreta do ‘Distrito Industrial’ objetivando valorizar e prestigiar empresas locais. Ele citou o setor metal mecânico que deve ser prioridade no projeto. “Iguatu perdeu muito nos últimos anos na sua força econômica”, destacou.
Revitalizar o centro

O gestor iguatuense expôs suas intenções do trabalho que pretende desenvolver para ajudar a desenvolver o comércio
O setores industrial e o comércio são pontos de partida para desenvolver o município, na visão do diretor da FCDL/CE, Francisco Bento de Souza. Bento apontou para uma discussão de revisão do projeto da Área Azul no centro. Segundo ele o centro estrangulou, mas enfatizou que deve acontecer o debate para rever alguns pontos, como permitir circulação das topics com parada para desembarque em locais de menor fluxo de pessoas visando revitalização onde movimentação de clientes é menor. “Não vamos tirar o consumidor do centro, o centro jamais vai morrer”, afirmou. Conforme Bento, os segmentos de ‘Comércio e Serviços’ representam quase 80% da economia local. Carlos Tadeu lembrou que já é hora de Iguatu desenvolver o projeto do ‘Transporte Coletivo’. Usado pelos comerciários e clientes ajudando inclusive a desafogar os estacionamentos do centro.
Menos burocracia e tributos
O empresário Alfredo Felipe Vieira, defendeu que a gestão priorize o comércio local adquirindo bens, inclusive com a injeção de recursos. Que a prefeitura ao abrir licitação para comprar de bens e serviços o município seja prioridade para que o dinheiro circule na economia local. Ele também pediu a desburocratização do setor de tributos tornando a emissão de alvarás menos burocrática. Alfredo também defendeu que as topics voltem a circular no centro de Iguatu. “Precisamos enxergar isso, desmontar os palanques e colocar a cidade para andar, vamos comprar no comércio daqui, valorizar as empresas locais e que a gente tenha acesso”. Alfredo pediu para o prefeito reavaliar a cobrança do ISS-Imposto sob Serviço, que segundo ele, ainda é exorbitante e emperra o setor produtivo. O empresário denunciou que existe empresa que ainda não conseguiu o alvará de funcionamento do ano passado. Na ótica do empresário Ricardo Quinderé, do setor hoteleiro, “são as entidades de classe que fomentam o desenvolvimento econômico da cidade e precisam de receber apoio e suporte do poder público para que esse crescimento se concretize”. O empresário lembrou a importância de atrair universidade federal para Iguatu, e através dela atrair também estudantes universitários, um público consumidor em potencial que pode ajudar a desenvolver a economia do município.
Trânsito, segurança e revitalização
Gilvânio Oliveira, presidente da Associação Comercial Industrial e Agrícola-ACIAGI, defendeu um trabalho no sentido de revitalizar o centro da cidade reduzindo o número de lojas fechadas. Gilvânio mencionou uma preocupação do setor imobiliário com os altos preços dos aluguéis. Ele ressaltou que é preciso dialogar com os donos de imóveis para reduzir os preços porque esses valores exorbitantes estão travando o setor e culminando com o fechamento de empresas.

Empresários e lojistas se mostraram otimistas com as propostas de trabalho da nova administração para desenvolver o varejo
O secretário de Trânsito e Segurança, Antônio Filho, disse que tudo que foi relatado na reunião da CDL, e os anseio dos representantes das entidades são também pensamentos da administração. Ele se referiu aos manifestos dos empresários em relação aos estacionamentos de caminhões para descarregar mercadoria no centro. Conforme o secretário Já existe um estudo em andamento objetivando corrigir as falhas no que se refere aos estacionamentos, e a segurança no centro, que será incrementada com a guarda municipal para inibir ações criminosas. Segundo o secretário monitorar durante 24 horas por dia a cidade no centro é um projeto que já foi apresentado para o prefeito e que será viável. Antônio Filho lembrou que a palavra de ordem da administração é o diálogo. “Vamos passar uma borracha no passado e trabalhar olhando para a frente”, afirmou.
Falando a mesma língua
O prefeito Ednaldo Lavor, agradeceu o convite da CDL e apresentou Henrique da Costa Neto, como secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico e Marcela Bezerra, coordenadora de Comunicação, atuando junto ao gabinete. O prefeito disse que determinou e orientou aos secretários cautela no que vai comentar na mídia eletrônica, impressa ou radiofônica, para evitar qualquer tipo de mal-estar com os segmentos sociais econômicos. Segundo ele tudo que for feito é preciso ter planejamento e principalmente saber ouvir as demandas. “Secretário que não atingir as metas, que não falar mesma língua do prefeito e do vice, da administração não fará parte por muito tempo da gestão”. Ednaldo Lavor afirmou que “quero administrar Iguatu ouvindo as pessoas, esse é o nosso propósito, é nossa cartilha e todos já estão cientes disto”
O prefeito afirmou que as demandas apresentadas pelos empresários e representantes das entidades de classe já vinham sendo estudadas no período da campanha. “Tudo que aqui os senhores estão apresentando são demandas que nós já vínhamos observando. Agora, a partir desse debate aqui vamos encontrar juntos as soluções, não quero e não posso resolver nada sozinho, precisamos da cooperação de todos”, afirmou.
Investimento externo
Falando sobre o ‘Distrito Industrial’ o prefeito informou que ainda no mês de novembro procurou o IDACE, para discutir a ideia de criar um espaço industrial, não para não se tornar um ‘elefante branco’, mas a ideia é criar mini distrito como ponto inicial abrindo espaço para atrair pelo menos uma empresa de fora do município e abrir espaço para empresas locais. “Com este projeto em escala menor a gente vai urbanizando, vai iluminando de acordo com a demanda e vamos motivar o empresário para que ele volte a sentir prazer de vir para Iguatu e fazer investimentos aqui. Ednaldo Lavor afirmou que “no meu governo não existirá pedágio, nem ajeitadinha, nem exploração, todos os vícios que existiam estão sendo retirados, para que o município tire a trava e volte a crescer”, finalizou.