Através da linha de financiamento FNE Sol, o Banco do Nordeste possibilita a empresas de todos os segmentos a angariar recursos para investir em equipamentos de produção de energia solar, com prazo de carência de até 01 ano e taxa de juros variando de 11,18% a 12,95% a.a., para micro, pequenas, médias e grandes empresas. A energia gerada é repassada à concessionária (Coelce), que é transformada em créditos acumulativos e o empresário pode usar em mais de uma unidade consumidora
Na noite da quarta-feira, 05, aconteceu no auditório do campus multi-institucional Humberto Teixeira o lançamento do programa FNE Sol do Banco do Nordeste, com linha exclusiva de financiamento destinada à aquisição de sistemas de micro e minigeração distribuída de energia, a partir de fontes renováveis, com recursos do FNE.

Uma plateia formada por empresários, técnicos e representantes de associações e cooperativas participou do lançamento
Estavam presentes, o superintendente do BNB no Ceará, João Robério Pereira de Messias, o prefeito de Iguatu, Aderilo Alcântara, o gerente do BNB Iguatu, Victor Maia, Joaquim Rolim Oliveira, coordenador do Núcleo de Energia, da Fiec-Federação das Indústrias do Estado do Ceará, Lúcio Alves Gurgel, do Sebrae/CE, Francisco Bento de Souza, diretor distrital da FCDL/CE, Francisco José Mota Luciano, ‘Dedé Duqueza’, presidente da CDL de Iguatu, além de gerentes de agências do BNB na região, empresários locais e regionais e consultores de empresas que estão prospectando negócios no segmento de elaboração de projetos e venda de equipamentos de geração de energia solar. O evento também contou com a participação de secretários municipais de Icó, Cedro, Jucás e Várzea Alegre e gerentes do BNB de outras praças como Mombaça, Acopiara e Quixeramobim.
Através da palestra ‘Panorama das Energias Renováveis’, Joaquim Rolim Oliveira, coordenador do Núcleo de Energia, da Fiec-Federação das Indústrias do Estado do Ceará mostrou as viabilidades econômicas do uso das energias renováveis principalmente nas empresas e indústrias. Rolim disse que o uso das energias renováveis não é um projeto para o futuro já é uma realidade do presente. Ele citou um estudo feito recentemente pela universidade de Stanford, nos Estados Unidus que afirma que no ano de 2050 o Brasil já estará usando 100% de sua energia renovável. Apesar de ser uma tecnologia ainda de custo elevado, mas ele garante que a proporção é que haja equilíbrio na equação custo/benefício, à curto prazo, especialmente pela viabilidade de dois fatores decisivos: os recursos naturais disponíveis, ou seja, a incidência de sol e vento o ano todo, e a tecnologia já existente no mercado.

João Robério Messias (BNB), Joaquim Rolim Oliveira (Fiec) e Lúcio Gurgel (Sebrae) foram os palestrantes do evento
O representante do Sebrae/CE, Lúcio Alves Gurgel, fez apresentação de um simulador fotoltaico, que tem o objetivo de estimar a quantidade de placas fotovoltaicas e valoração para instalação em pequenos negócios comerciais, industriais, de agronegócios e de serviços, a partir dos dados extraídos da conta de energia elétrica da concessionária local.
Viabilidade
João Robério Pereira de Messias, superintendente do BNB no Ceará, apresentou o projeto FNE Sol mostrando aos presentes sobre a linha de crédito da instituição na área, para permitir a empresas urbanas ou rurais, instituições, cooperativas ou indústrias conseguirem os recursos e adquirir os equipamentos para instalação do sistema. João Robério mostrou as viabilidades do financiamento, com atenção especial para as facilidades que o negócio oferece e a oportunidade das empresas estarem aderindo a uma nova alternativa de geração de energia limpa, com a garantia de retorno em pouco tempo. “Estamos tentando mostrar aos empresários e outros interessados, que é perfeitamente possível economizar dinheiro e produzir energia limpa ao mesmo tempo, para isto estamos aqui para incentivar os interessados em aderir ao FNE Sol, porque agora temos a linha de crédito disponível, as empresas que estão fabricando os equipamentos e até as facilidades para elaborar os projetos, então tá tudo convergindo para que a gente tenha um bom volume de negócios e mais pessoas produzindo sua própria energia”.
Investimento
João Robério explicou que a nova linha utiliza recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste e tem prazo de pagamento de até 12 anos, com até um ano de carência e taxas de juros variando de 11,18% para micro, pequenas e médias empresas, e 12,95% para empresas de grande porte. O investimento pode ser financiado em até 100% e com bônus de adimplência de 15%.
De acordo com o superintendente, podem ser financiados sistemas completos envolvendo geradores de energia, inversores, materiais auxiliares e instalação. A microgeração distribuída de energia elétrica compreende as centrais geradoras que utilizem cogeração qualificada ou fontes renováveis (hidráulica, solar, eólica e biomassa conectadas à rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras, cuja potência instalada seja menor ou igual a 75KW. Já a minigeração distribuída engloba os mesmos tipos de centrais geradoras com potência instalada superior a 75KW e menor ou igual a 5MW (com exceção da fonte hidráulica, cuja potência deve ser menor ou igual a 3MW).